sexta-feira, 27 de setembro de 2013

ARTIGO DE OPINIÃO... DESENVOLVENDO!

Combate à cyberpedofilia
Jean Ubiratan




O crescente aumento da mídia sobre o combate à pedofilia via internet e a recente apresentação do deputado federal Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP) à embaixada americana de um documento que indica o Brasil no topo da lista de cyberpedófilos, fazem refletirmos sobre o assunto. Os dados apresentados nesse estudo são assustadores: mais de mil sites mensais são relacionados a este tipo de crime e 76% dos pedófilos do mundo estão no País. Isso demonstra, cada vez mais, que há uma necessidade iminente em divulgar meios de alertar os responsáveis sobre como impedir que algo do gênero possa acontecer simplesmente por omissão. 
Uma das maiores vantagens dos atuais crimes virtuais é o anonimato. Para leigos no assunto é praticamente impossível identificar quem está do outro lado flertando com o seu filho. Isso faz com que a denúncia de casos referentes a este tema também sejam muito mais difíceis, muito em razão de não localizar quem o está fazendo.
Algumas dicas e cuidados ao navegar na internet garantem uma diversão segura e mais tranquila. Como primeira medida recomendada é o velho e bom “puxão-de-orelha”, ou seja, assumir a responsabilidade com as crianças ou os jovens, que ainda não a conhecem. Outro fator importante é quanto a disposição física do computador, pois uma localização mais pública na casa ajuda, em muito, o controle. Locais públicos responsáveis por prover acesso às pessoas como, poe exemplo, em escolas ou uma lan house, é essencial que nesses lugares existam regras para o bom uso da internet. 
Os pais também necessitam estar informados sobre as novas ferramentas de tecnologia que possibilitam auxiliar no controle de acesso à rede. Além dos já conhecidos antivírus, existem diversos outros sistemas que mantêm o controle do que está ocorrendo no computador enquanto estão acessando a web. Saber por onde andam, com quem falam, os locais frequentados, o que fazem, são as perguntas costumeiras realizadas pelos pais, porém esses mesmos questionamentos devem ser aplicados na “vida digital” dos filhos.  
Esses cuidados, com certeza, aumentam a percepção de segurança em relação aos filhos. Infelizmente, a realidade é forte e se não houver cuidados com os filhos, enquanto navegam na internet, alguém acabará os vigiando via esse meio. A dúvida é saber se as intenções dessa pessoa desconhecida são tão boas quanto as dos pais. 

Jean Ubiratan é consultor de Segurança de TI em Porto Alegre.
Retirado do jornal Folha de Londrina de 08/10/2007.


1 - Qual a finalidade ou objetivo do texto?

2 - A que gênero textual pertence o texto que você acabou de ler?

3 - Qual questão polêmica o texto aborda? 

4 - Qual a questão tratada pelo autor?

5 -  Qual a posição defendida pelo autor, nesse mesmo texto?

6 - Cite pelo menos dois argumentos utilizados pelo autor para defender sua posição.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

ARTIGO DE OPINIÃO - ARGUMENTANDO...

Esta semana estamos aprendendo a argumentar. Vimos que argumentar não é apenas dar uma opinião, mas defendê-la, de modo que a pessoa com quem você conversa (o interlocutor) compreenda seu ponto de vista sobre determinado assunto.
O Artigo de Opinião, dessa forma, é um gênero textual (existem muitos outros!) pertencente ao âmbito jornalístico e tem por finalidade a exposição do ponto de vista sobre um determinado assunto. Assim como a dissertação (também conhecida como REDAÇÃO pelos estudantes), ele também se compõe de um título, um parágrafo que introduz o texto, explanando de forma geral o assunto que será discutido; o desenvolvimento, que apresenta os argumentos do autor, sempre tendo em mente que esses deverão ser pautados em bases sólidas, para conferir credibilidade por parte do leitor. E por fim, segue a conclusão do artigo,onde ocorrerá o fechamento das ideias anteriormente discutidas.
A seguir, vamos ler um Artigo de Opinião, escrito por Lya Luft:



BALEIAS NÃO ME EMOCIONAM,  

DE LYA LUFT



           Hoje quero falar de gente e bichos. De notícias que freqüentemente aparecem sobre baleias encalhadas e pinguins perdidos em alguma praia. Não sei se me aborrece ou me inquieta ver tantas pessoas acorrendo, torcendo, chorando, porque uma baleia morre encalhada. Mas certamente não me emociona. Sei que não vão me achar muito simpática, mas eu não sou sempre simpática. Aliás, se não gosto de grosseria nem de vulgaridade, também desconfio dos eternos bonzinhos, dos politicamente corretos, dos sempre sorridentes ou gentis. Prefiro o olho no olho, a clareza e a sinceridade – desde que não machuque só pelo prazer de magoar ou por ressentimento. Não gosto de ver bicho sofrendo: sempre curti animais, fui criada com eles. Na casa onde nasci e cresci, tive até uma coruja, chamada, sabe Deus por quê, Sebastião. Era branca, enorme, com aqueles olhos que reviravam. Fugiu da gaiola especialmente construída para ela, quase do tamanho de um pequeno quarto, e por muitos dias eu a procurei no topo das árvores, doída de saudade. Na ilha improvável que havia no mínimo lago do jardim que se estendia atrás da casa, viveu a certa altura da minha infância um casal de veadinhos, dos quais um também fugiu. O outro morreu pouco depois. Segundo o jardineiro, morreu de saudade do fujão – minha primeira visão infantil de um amor romeu-e-julieta. Tive uma gata chamada Adelaide, nome da personagem sofredora de uma novela de rádio que fazia suspirar minha avó, e que meu irmão pequeno matou (a gata), nunca entendi como – uma das primeiras tragédias de que tive conhecimento. De modo que animais fazem parte de minha história, com muitas aventuras, divertimento e alguma tristeza. Mas voltemos às baleias encalhadas: pessoas torcem as mãos, chegam máquinas variadas para içar os bichos, aplicam-se lençóis molhados, abrem-se manchetes em jornais e as televisões mostram tudo em horário nobre. O público, presente ou em casa, acompanha como se fosse alguém da família e, quando o fim chega, é lamentado quase com pêsames e oração. Confesso que não consigo me comover da mesma forma: pouca sensibilidade, uma alma de gelos nórdicos, quem sabe? Mesmo os que não me apreciam, não creiam nisso. Não é que eu ache que sofrimento de animal não valha a pena, a solidariedade, o dinheiro. Mas eu preferia que tudo isso fosse gasto com eles depois de não haver mais crianças enfiando a cara no vidro de meu carro para pedir trocados, adultos famintos dormindo em bancos de praça, famílias morando embaixo de pontes ou adolescentes morrendo drogados nas calçadas. Tenho certeza de que um mendigo morto na beira da praia causaria menos comoção do que uma baleia. Nenhum Greenpeace defensor de seres humanos se moveria. Nenhuma manchete seria estampada. Uma ambulância talvez levasse horas para chegar, o corpo coberto por um jornal, quem sabe uma vela acesa. Curiosidade, rostos virados, um sentimentozinho de culpa, possivelmente irritação: cadê as autoridades, ninguém toma providência? Diante de um morto humano, ou de um candidato a morto na calçada, a gente se protege com uma armadura. De modo que (perdão) vejo sem entusiasmo as campanhas em favor dos animais – pelo menos enquanto se deletarem tão facilmente homens e mulheres.

(Revista Veja, abril de 2005)

EXERCÍCIO

Copie e cole essas perguntas em COMENTÁRIOS e digite suas respostas. Não se esqueça de colocar seus nomes:

1 - Encontre, no artigo de opinião de Lya Luft, a INTRODUÇÃO, O DESENVOLVIMENTO E A CONCLUSÃO.
2 - Quais foram os argumentos usados pela autora para defender a ideia de que ela não se emociona com baleias?
3 - Você REFUTA, SUSTENTA OU NEGOCIA os argumentos defendidos por Lya Luft neste texto?

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

E... Continuamos a desvendar Alice...

Hoje nós iremos ler um pequeno resumo sobre o LIVRO "Alice no País das Maravilhas". Quero que observem com o apenas pela leitura do Resumo, observamos as diferenças entre a obra escrita e o filme visto em sala de aula na semana passada.




Alice está sentada com sua irmã no jardim quando ela vê passar um Coelho Branco com um relógio de bolso. Fascinada pela visão, ela segue o coelho e entra num buraco numa árvore. Ela cai lentamente por um longo tempo e cai num corredor cheio de portas. Há também uma chave numa mesa, que abre uma porta minúscula; através desta porta, ela vê um lindo jardim. Alice quer ir até lá, mas a porta é muito pequena. Pouco depois, ela encontra uma garrafa cheia de líquido e que tem um rótulo onde está escrito "Beba-me", e um bolo com uma etiqueta onde se lê "Coma-me". Alice prova os dois e descobre que um deles faz com que ela diminua de tamanho e o outro a faz crescer. Ela tem dificuldades ao usar ambos, pois ou ela fica grande demais para passar pela porta ou fica pequena demais para alcançar a chave.











Enquanto Alice está pequena demais, ela escorrega e cai num lago. Ela descobre que o lago tinha sido formado pelas lágrimas que ela derramara enquanto ela era uma gigante. Alice nada até a praia com alguns animais, inclusive um rato sensível, mas consegue ofender todos eles ao falar sobre a habilidade da sua gata em capturar ratos e pássaros. Deixada sozinha, ela corre através da floresta e encontra o Coelho Branco. Ele a confunde com sua criada e ordena que ela vá pegar várias coisas na casa dele. Alice obedece a vai até a casa do Coelho. Ao chegar lá, ela bebe outro líquido e fica grande demais para sair pela porta. Ela acaba descobrindo um pequeno bolo que, quando comido, faz com que ela volte ao seu tamanho normal.

De volta à floresta, Alice encontra uma Lagarta sentada num cogumelo gigante. Ela dá alguns conselhos preciosos, além de ensinar Alice a usar o cogumelo: um lado faz crescer e outro faz diminuir. A primeira vez que Alice prova o cogumelo faz com que ela estique seu corpo tremendamente, especialmente o pescoço, os braços e as pernas. Enquanto estava toda esticada, Alice enfia a cabeça através da copa das árvores e encontra um Pombo. O Pombo tem certeza que Alice é uma serpente e, quando Alice tenta raciocinar com ele, o Pombo manda ela se calar.

Alice volta às suas proporções normais e continua a andar pela floresta. Numa clareira, ela encontra uma pequena casa e escolhe o bastante para entrar nela. É a casa da Duquesa. Ela e o Cozinheiro estão brigando furiosamente, e os dois não parecem se preocupar nem um pouco com a segurança do bebê que a Duquesa está embalando. Alice pega o bebê para tomar conta dele, mas ele se transforma num leitão e escapole para a floresta.

Mais tarde, Alice encontra o Gato de Cheshire, que antes estava sentado na casa da Duquesa mas não tinha se manifestado. O Gato a ajuda a achar o caminho através da floresta, mas a avisa que todos aqueles que ela irá encontrar são loucos.

Alice chega até a casa da Lebre, onde ela é convidada para ir à Festa da Hora do Chá. Na Festa, estão presentes a Lebre, o Chapeleiro Louco e o Rato do Campo. Uma vez que o Tempo parara de funcionar para o Chapeleiro, são sempre seis horas da tarde e é hora do chá. As criaturas da Festa do Chá são as que mais discutem em todo o País das Maravilhas.



A Rainha convida Alice para jogar croquê. É um jogo muito difícil de ser jogado no País das Maravilhas, pois as bolas e os tacos são animais vivos. A partida é interrompida pela chegada do Gato de Cheshire, com o qual o Rei de Copas antipatiza instantaneamente.





A Rainha leva Alice até o Grifo, e este, por sua vez, a leva até a Tartaruga Falsa. O Grifo e a Tartaruga contam a Alice histórias bizarras sobre a escola deles no fundo do mar. A Tartaruga Falsa canta uma canção melancólica sobre sopa de tartaruga, e pouco depois o Grifo arrasta Alice para assistir ao julgamento do Valete de Copas.



O Valete de Copas estava sendo acusado de roubar as tortas da Rainha, mas as provas contra ele eram muito ruins. Alice fica abismada com os ridículos procedimentos do tribunal. Ela também começa a crescer. Logo ela é chamada para testemunhar; nesta altura, ela já estava com um tamanho gigantesco. Alice se recusa a ser intimidada pela lógica distorcida do tribunal e pelas acusações do Rei e da Rainha de Copas. Subitamente, todas as cartas se levantam e a atacam. Neste momento, ela acorda. Suas aventuras no País das Maravilhas tinham sido apenas um sonho fantástico.








ATIVIDADE 

1 - Pontue as principais diferenças entre o texto acima e o filme visto na semana passada.

2 - Ao ler o poema abaixo não é possível compreender muitas palavras. Algumas delas são totalmente estranhas para nós, leitores. Mas, baseando-se apenas nos conhecimentos que você possui acerca do filme que assistiu (e do livro que já deveria ter começado a ler!), tente criar uma "adaptação" da leitura que você realizou, tendo em mente que o texto fala sobre o Jaguadarte, ok?




JAGUADARTE
Augusto de Campos



 O JAGUADARTE

   Era briluz. As lesmolisas touvas 
   roldavam e reviam nos gramilvos.
   Estavam mimsicais as pintalouvas,
   E os momirratos davam grilvos.

   "Foge do Jaguadarte, o que não morre!
   Garra que agarra, bocarra que urra!
   Foge da ave Fefel, meu filho, e corre
   Do frumioso Babassura!"
            
   Ele arrancou sua espada vorpal 
   e foi atras do inimigo do Homundo.
   Na árvore Tamtam ele afinal
   Parou, um dia, sonilundo.

   E enquanto estava em sussustada sesta,
   Chegou o Jaguadarte, olho de fogo,
   Sorrelfiflando atraves da floresta,
   E borbulia um riso louco

   Um dois! Um, dois! Sua espada mavorta
   Vai-vem, vem-vai, para tras, para diante!
   Cabeca fere, corta e, fera morta,
   Ei-lo que volta galunfante.

   "Pois então tu mataste o Jaguadarte!
   Vem aos meus braços, homenino meu!
   Oh dia fremular! Bravooh! Bravarte!"
   Ele se ria jubileu. 

   Era briluz. As lesmolisas touvas 
   roldavam e relviam nos gramilvos.
   Estavam mimsicais as pintalouvas,
   E os momirratos davam grilvo




Após o término da atividade, escolha um dos jogos abaixo: